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L’occhio che immobilizza la realtà. O papel da fotografia em Baba Yaga (1973), de Corrado Farina
Este artigo apresenta uma leitura dos elementos fotográficos presentes no filme Baba Yaga (1973), de Corrado Farina. Adaptado de uma história dos fumetti Valentina, de Guido Crepax, o longa-metragem reelabora o discurso fílmico por meio de uma exploração intensa da linguagem fotográfica na composição de sua narrativa visual. A fotografia, profissão da protagonista milanesa Valentina, é também ponto de encontro das ações sobrenaturais e macabras da antagonista Baba Yaga. O aparelho fotográfico é posto como aquele que transita os espaços previamente estabelecidos entre o objeto passivo e o sujeito ativo, capaz de transmutar a experiência do real a partir do disparo. As imagens captadas pela caixa preta incidem na realidade através de sua capacidade de congelamento da cena, de imortalização e/ou morte do personagem-sujeito. Buscamos apresentar como o filme se utiliza de tais mecanismos para reforçar intenções próprias da efervescência social e política da Itália dos anos 70, bem como estabelecer comparações com demais obras cinematográficas nas quais a fotografia igualmente porta aspectos místicos, a partir da exploração do tema da arte como arma. Por meio da análise fílmica e do fumetto buscamos evidenciar como a obra revela uma relação direta com a própria história da fotografia.
Palabras Claves: cinefumetto, Corrado Farina, Guido Crepax, cinema e fotografia, fotografia como arma
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L’occhio che immobilizza la realtà. O papel da fotografia em Baba Yaga (1973), de Corrado Farina
This paper presents a reading of the photographic elements in the film Baba Yaga (1973), by Corrado Farina. Adapted from a story of the fumetti Valentina, by Guido Crepax, the featured film reworks the filmic discourse through an intense exploration of the photographic language in the composition of its visual narrative. Photography, the profession of Milanese protagonist Valentina, is also a meeting point for the supernatural and macabre actions of the antagonist Baba Yaga. The photographic apparatus is seen as one that transits the spaces preceded between the passive object and the active subject, capable of transmuting the real experience from the shot. The images captured by the black box affect reality through its ability to freeze the scene, immortalize and/or kill the subject-character. We seek to show how the film uses such mechanisms to reinforce intentions typical of the social and political effervescence of Italy in the 1970s, as well as to establish comparisons with other cinematographic works in which photography also has mystical aspects, based on the exploration of the topos art as a weapon. Through the analysis of the film and the fumetto, the work reveals a direct relation to the history of photography itself.
Key Words: cinefumetto, Corrado Farina, Guido Crepax, cinema and photography, photography as a weapon
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