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Sobre alguns aspectos das naturezas-mortas de Emil Nolde (1911-1912)
Entre os anos de 1911 e 1912, Emil Nolde realizou uma série de pinturas expressionistas intituladas “Maskenstilleben” (natureza-morta com máscaras), caracterizada pela incorporação da estética primitivista na maioria desses trabalhos. Essas pinturas tornaram-se um dos maiores objetos de debate dentro de seu itinerário artístico, principalmente porque a maior parte da literatura existente sobre essas obras a qualificou como uma produção de teor contraditório. No entanto, não se encontra um consenso sobre a natureza dessas contradições entre os comentários às pinturas. Em vista disso, propõe-se uma revisão da literatura existente sobre essa série de trabalhos em específico, bem como, posteriormente, um retorno à trajetória do artista que, como se sabe, sublinhou-se pela assimilação de ideias expressionista, primitivista e nacional-socialista; o que o situa em uma posição ímpar dentro dos movimentos de vanguarda alemães. Seus contrassensos –inegáveis, mas também indistintos– servem como um bom suporte para uma reflexão mais crítica a respeito das noções de agência, autoria e etnocentrismo, tão presentes nas relações entre a arte ocidental e não-ocidental.
Palabras Claves: Emil Nolde, expressionismo, natureza-morta, primitivismo.
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Sobre alguns aspectos das naturezas-mortas de Emil Nolde (1911-1912)
Between the years of 1911 and 1912, Emil Nolde performed a series of expressionist paintings titled "Maskenstilleben" (Still life masks), characterised by the incorporation of the primitivist aesthetic in most of these works. These paintings have become one of the largest objects of debate within your artistic itinerary, mainly because most of the existing literature about these works qualifies as a contradictory content production. However, there is no consensus on the nature of these contradictions between comments to paintings. In view of this, it is proposed a review of the existing literature on this series of works in specific, as well as, later, a return to the trajectory of the artist who, as we know, underlined by the assimilation of expressionist, primitivist and national-socialist ideas; which places him in an odd position within the German avant-garde movements. Their contradictions –undeniable but also indistinct– serve as a good support for a more critical reflection on the notions of agency, authorship and ethnocentrism, so present in relations between western and non-western art.
Key Words: Emil Nolde, expressionismo, still life, primitivism
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